Você já deve ter ouvido falar em “língua presa”, certo? Essa anomalia congênita, chamada de anquiloglossia, pode ser perigosa para a saúde das crianças e adultos portadores.
Saiba, abaixo, um pouco mais sobre o que é essa condição e como pode ser tratada:
Aqui você vai encontrar:
Anquiloglossia: você sabe o que é?
Conhecida, popularmente, como língua presa, a anquiloglossia é uma condição congênita em que uma faixa de tecido chamada frênulo lingual (ou freio lingual), que liga o assoalho bucal à parte abaixo da língua, é muito curto, prejudicando o movimento realizado pela língua, podendo afetar a alimentação, amamentação, fala e outras funções orais da criança.
Quando tratado precocemente, as chances de eficácia são grandes, evitando traumas futuros no desenvolvimento de qualquer movimento oral.
Por isso, é necessário observar qualquer tipo de alteração, por exemplo, no momento da amamentação do recém-nascido e realizar o “teste da linguinha”.
Vale lembrar que o teste é obrigatório em todos os hospitais desde 2014, e seu resultado deve ser constado no resumo de alta da maternidade.
O que causa a anquiloglossia?
Podem ser através de mutações congênitas, ou herdadas geneticamente. Se hereditária, é mais frequente em homens.
Além disso, bebês prematuros com formação incompleta do freio lingual, ou que fazem uso excessivo de mamadeiras e chupetas, podem apresentar essa condição.
Como realizar o diagnóstico de anquiloglossia?
Durante a amamentação, a mãe pode observar se os movimentos orais da criança têm sido realizados normalmente. Dificuldade de sucção, perda de peso da criança e dores nos mamilos da mãe podem indicar língua presa.
Além disso, no momento em que o bebê nasce, o teste da linguinha pode identificar, precocemente, essa anomalia.
E se a anquiloglossia não for tratada?
Se a anquiloglossia não for devidamente tratada, o problema pode perdurar até a fase adulta, e pode atrapalhar no desenvolvimento da criança, até a fase adulta. Essa condição pode prejudicar, especialmente, em exercícios orais como:
- Amamentar: o bebê pode não conseguir fazer sucção suficiente para amamentar, ingerir leite suficiente e causar dores nos mamilos da mãe.
- Desenvolvimento da fala: a criança com língua presa pode não conseguir falar normalmente, apresentando problemas de articulação da fala, e necessitando de ajuda fonoaudióloga.
- Alimentação: assim como na amamentação, a língua presa pode trazer prejuízos ao se alimentar, já que causa desconforto para mastigar, causando até mesmo dores.
- Higiene bucal:por ser muito restrita a movimentação da língua, pode ser mais difícil a realização de uma boa higiene bucal, causando cáries e outras infecções orais.
Por isso, é tão importante a profilaxia dessa anomalia pois, quando tratada precocemente, pode evitar problemas mais sérios no futuro.
Qual o tratamento para essa anomalia?
Para a realização do tratamento, primeiramente, será avaliada a gravidade da situação.
Geralmente, nos bebês que tem dificuldades para realizar a amamentação, pode ser realizada uma frenotomia ou frenectomia, onde o freio lingual é cortado para liberar o movimento da boca.
Apesar de cirúrgico, esse procedimento é simples, geralmente indolor e o tempo de recuperação é bem curto.
Já nos adultos, além desse procedimento, podem ser necessários tratamentos fonoaudiológicos, como exercícios linguais a terapia da fala.
Cuidados pós-cirúrgicos
Devido ao tratamento de forma cirúrgica, pode haver uma sensibilidade abaixo da região lingual, e alguns alimentos e temperaturas devem ser evitadas.
O dentista ou outro profissional da saúde que esteja auxiliando no tratamento, pode receitar fármacos para o alívio de dor e outras sensações incômodas.
O ideal, também, é que seja utilizado enxaguante bucal, ao invés da escova de dentes, durante esse período de cicatrização. Especialmente porque o enxaguante, além de eliminar germes e bactérias, pode contribuir com uma cicatrização mais saudável da área operada.
Ou seja, seja antes ou depois do procedimento cirúrgico, a higiene bucal é extremamente importante para evitar o surgimento ou agravamento de doenças bucais. Caso necessário, recorra sempre ao seu profissional dentista, ele poderá lhe auxiliar e sanar suas dúvidas.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares ao dentista são decisivas para a manutenção dos cuidados bucais. Isso porque é pelas visitas ao consultório que o paciente tem acesso aos benefícios de tratamentos como a profilaxia (limpeza profissional) e outras necessidades.
É também por essa periodicidade que o dentista consegue avaliar o estado da dentição, detectar e tratar problemas em sua fase inicial e outros que, ainda, não foram devidamente tratados.
Pelas avaliações são passadas orientações para com a adesão de bons hábitos da higiene e alimentação.
O indicado é que a frequência seja mantida semestralmente, ou seja, 2 vezes ao ano.
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