O câncer de boca é uma condição maligna que pode causar prejuízos significativos para a qualidade de vida.
É muito importante, que na percepção de um ou mais sintomas, que se busque o dentista o quanto antes para o diagnóstico precoce do problema.
Descubra aqui tudo o que você precisa saber sobre a condição, suas particularidades e se tem cura:
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Câncer de boca, o que é?
O câncer de boca é uma condição que afeta mais de 15 mil brasileiros, levando a mais de 6 mil óbitos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). É o tipo de câncer com mais casos no Brasil e no mundo.
É caracterizada pela associação de conjunto de tumores malignos que afetam as várias áreas bucais, tal como lábios, tecido gengival, bochecha, palato duro e assoalho da boca, sendo a língua e o lábio inferior as regiões que tendem a ser mais afetadas.
O tipo de carcinoma de células escamosas (CCE) é um tipo de tumor frequente que corresponde a cerca de 95% dos casos relacionados ao problema.
Vale considerar que o câncer é uma doença caracterizada pela mutação de células saudáveis, que se transformam em malignas e se multiplicam, levando ao aparecimento de lesões ou tumores, as neoplasias.
O câncer de boca tende a ser um tipo de câncer mais agressivo, e por isso, o diagnóstico do problema deve ser feito o quanto antes, considerando também o alto índice metastático, que é a capacidade do câncer se espalhar para regiões distantes.
É o tipo de câncer mais comum depois dos 50 anos, podendo acometer em qualquer idade, sendo fumantes e pessoas de higiene bucal irregular.
Quais são os sintomas do câncer de boca?
Para que haja o diagnóstico precoce do problema, é importante saber quais são os sintomas característicos do câncer de boca.
Entre os sintomas do câncer de boca que podem ser citados estão:
- Ferida na boca que não cicatriza;
- Aparecimento de nódulos ou massa no pescoço;
- Rouquidão persistente;
- Lesão na cavidade oral ou lábios que não cicatrizam após um período de 15 dias;
- Aparecimento de manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca) e mucosa jugal (bochecha);
- Dor persistente na boca;
- Ferida na garganta ou sensação de ter algo preso na garganta;
- Dificuldade na mastigação, fala e deglutição;
- Dificuldade em movimentar a mandíbula ou língua;
- Dormência na língua ou outra área da boca;
- Mau hálito persistente, mesmo na ausência de problemas dentários;
- Dentes que ficam moles e caem sem nenhuma explicação.
Na presença de qualquer um desses sintomas, é importante consultar o dentista ou médico o quanto antes.
Como é feito o diagnóstico do câncer de boca?
O câncer de boca pode ser diagnosticado por um clínico geral ou por um cirurgião de Cabeça e Pescoço, que irá orientar sobre o que será feito para reverter o problema e suas complicações.
O diagnóstico do problema é feito por meio de exames complementares, como a biópsia (normalmente feita com anestesia local), além de observar se há a presença de metástases (focos de câncer em outros locais), e considerar particularidades fundamentais.
Entre os exames necessários para que haja o diagnóstico do problema e determinar a sua extensão (estágio no qual se encontra) estão:
- Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética – é capaz de proporcionar informações importantes a respeito do câncer, além de ajudar no diagnóstico em contraste com lesões benignas;
- Exames de sangue – são solicitados para que se leve em conta o estado do paciente antes de ser iniciado o tratamento;
- PET/CT – é o exame realizado para avaliar se há a presença de lesões malignas em outros órgãos (metástases);
- Exame odontológico: é feito o exame dentário preventivo antes que seja feito o tratamento radioterápico, para que se avalie se há a necessidade de remover os dentes antes do início do planejamento de reversão do problema. O dentista pode avaliar se será necessário a abordagem de remoção da mandíbula ou palato, além do tratamento ortodôntico.
Quais as causas por trás do câncer de boca?
O diagnóstico do câncer bucal pode estar associado a alguns fatores de risco, como o tabagismo, que eleva o risco do desenvolvimento do câncer de boca em 10 vezes, consumo excessivo de álcool (que interrompe a síntese e reparação do DNA e favorece a carcinogênese) e má higiene bucal (que lesiona as estruturas bucais, fazendo com que elas se tornem mais suscetíveis às mutações).
A infecção por HPV (papilomavírus humano) também está entre os fatores de risco do câncer na boca, assim como a exposição solar por um longo período de tempo, que pode atingir outras regiões da pele.
Vale considerar ainda que o câncer de boca pode ser dividido em vários tipos, são eles: Carcinoma verrucoso, Carcinoma de células escamosas, Carcinoma adenoide cístico, Carcinoma mucoepidermoide, Adenocarcinofestma e Linfomas. No entanto, na maioria das vezes o câncer da boca é o carcinoma das células escamosas, correspondendo a mais de 90% dos casos.
Além disso, o tumor pode ser classificado como “in situ” quando presente apenas na superfície das estruturas da boca, ou invasivo, em casos em que o tumor já esteja em estado mais avançado, tendo alcançado camadas mais profundas.
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Afinal, o câncer na boca tem cura?
A boa notícia é que o câncer de boca tem sim cura, no entanto, isso ocorre principalmente quando o problema é diagnosticado e tratado em seus estágios iniciais. Uma vez que o tratamento é feito em casos em que o câncer de boca já se encontra mais avançado, há o aumento de chance do tumor de o tumor se espalhar por outras regiões, aumentando assim o risco de óbito.
Na maioria dos casos, o tratamento do câncer de boca é cirúrgico, havendo a remoção do tumor ou lesão por meio de uma abordagem invasiva. Além disso, o paciente poderá ser encaminhado a sessões de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
Dependendo da extensão e localização do tumor, pode ser necessário um tratamento de reconstrução do local. Em lesões menores, na maioria das vezes, pode-se ser necessário apenas a remoção da lesão.
Para um melhor efeito curativo, o paciente pode passar pela realização de radioterapia em casos mais complexos. A radioterapia ou quimioterapia também podem ser alternativas em casos em que o tratamento cirúrgico não é possível, já que pode proporcionar sequelas funcionais e complicações para a reabilitação funcional.
Para a prevenção de prejuízos à qualidade de vida, complicações e sequelas, o ideal é que haja um tratamento interdisciplinar, ou seja, no qual há a participação de vários profissionais de saúde.
Visitas regulares ao dentista
Por meio das visitas regulares ao dentista ele consegue identificar e tratar os problemas logo em seu início, como o câncer, evitando maiores complicações.
Além disso, por meio delas também é possível evitar o aparecimento e desenvolvimento do tártaro e, consequentemente, da gengivite que é a inflamação dos tecidos gengivais. Logo, graças às visitas regulares, elas podem ser tratadas logo em seu início, evitando assim maiores complicações.
Por meio delas também é possível realizar a profilaxia dental, que é a limpeza profissional dos dentes que deve ser realizada de 6 em 6 meses.
As visitas regulares também permitem ao dentista avaliar os hábitos de higiene bucal do paciente e recomendar a melhora ou adoção de novos, caso veja necessidade.
Através delas também são realizadas radiografias odontológicas de rotina para verificar se há algum problema que não pode ser identificado a olho nu.
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