A mucosite são úlceras que tendem a aparecer na mucosa oral e da garganta e que são efeitos colaterais de tratamentos oncológicos, ou seja, de câncer.
Se você está passando por algum tratamento oncológico e percebeu o aparecimento de úlceras dolorosas em alguma dessas regiões, não deixe de informar o seu médico.
Conheça mais sobre a condição, seus sintomas e como tratar:
Aqui você vai encontrar:
Mucosite, o que é?
Afinal, o que é a mucosite? A mucosite é um tipo de inflamação que aparece em meio ao tratamento do câncer, seja quimioterapia ou radioterapia.
A mucosite tende a aparecer na mucosa da boca, levando ao aparecimento de um muco espesso na região.
Além da boca, a lesão pode aparecer na região da garganta, na faringe e laringe, ou ainda em regiões perto da região da cabeça e pescoço.
Como o próprio nome indica, a mucosite é uma inflamação ou doença caracterizada pela formação de muco, fluido comum nas mucosas, sendo o termo formado por “muco”, que remete ao líquido e “ite” de inflamação ou doença.
Precisamente, a inflamação pode afetar o céu da boca, mucosa das bochechas, assoalho da língua, língua, região interna dos lábios e todo o tecido digestivo até o final do intestino grosso (boca, garganta, faringe, laringe, esôfago e intestino grosso).
Dados mostram que a anomalia tende a aparecer em 50% dos pacientes que passaram pelo tratamento por quimioterapia tradicional, 80% daqueles que foram submetidos à quimioterapia e radioterapia (para transplante de células-tronco) e quase 100% dos pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço.
O aparecimento da mucosite se deve aos medicamentos usados na quimioterapia, que atacam as células cancerosas, mas que também podem atacar as células saudáveis do organismo. O que acontece então é que nem a quimioterapia nem a radioterapia conseguem distinguir as células doentes e saudáveis, como as que compreendem o revestimento da boca.
Vale considerar ainda que a mucosite costuma ocorrer de cinco a dez dias depois do início da quimioterapia, podendo se manter até 2 meses por conta da redução da quantidade das células brancas do sangue.
Quem são mais propensos à mucosite?
Além de pessoas que estejam passando pelo tratamento de câncer, seja por quimioterapia e/ou radioterapia, existem outros possíveis fatores de risco, são eles:
- Má higiene bucal;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Baixo peso;
- Pouca ingestão de água;
- Doenças crônicas (tais como diabetes, infecção por HIV e alterações renais).
Mucosite sintomas, quais os sinais?
É importante que o aparecimento da mucosite seja relatado ao seu oncologista o quanto antes. Logo, preste atenção aos seus sintomas, são eles:
- Aparecimento das úlceras – lesões parecidas com as famosas “aftas”
- Vermelhidão
- Inchaço
- Sensação de secura, queima ou dor em meio a alimentação;
- Dor ou incômodo na boca ou garganta;
- Sangramento na boca;
- Aumento de muco na mucosa;
- Manchas esbranquiçadas ou placas de pus branco na boca;
- Saliva mais espessa e de maior fluxo.
O desconforto proveniente da mucosite tende a comprometer a fala, a alimentação e a deglutição, além de despertar uma intolerância a alimentos e bebidas, e influenciando consequências graves, como desnutrição e desidratação.
Casos em que a mucosite afeta o intestino, há o aparecimento de outros sintomas característicos, como dor abdominal, diarreia, aparecimento de sangue nas fezes e dor ao evacuar.
Em casos mais graves, há o surgimento de uma camada espessa branca (muco branco) resultante da proliferação de fungos na boca, sendo acompanhada por dor e dificultando ainda mais na realização das funções.
Tratamento da mucosite
O tratamento da mucosite varia quanto ao grau da condição e seus sintomas, tendendo a ter foco na promoção de alívio e possibilitando uma alimentação mais tranquila.
Por conta do desconforto, o ideal é manter uma alimentação formada por alimentos de fácil mastigação e que não sejam ácidos, quentes, apimentados ou muito salgados, por conta do teor irritante.
O tratamento da mucosite inicialmente é feito pela prescrição de analgésicos e anestésicos locais e medicamentos alcalinizantes, tal como o hidróxido de alumínio e bicarbonato de sódio. Em casos de associação de infecção, é feito o uso de antifúngicos e antivirais.
Em consultório, uma das abordagens mais comuns é o tratamento de laserterapia feito por um dentista especializado, sendo um tratamento complementar.
Independente da gravidade da mucosite, o paciente é orientado a tomar boas práticas de higiene bucal, mantendo a escovação correta de 2 a 3 vezes ao dia, com ao menos uma acompanhada da passagem do fio dental, e seguida do uso do enxaguante bucal recomendado pelo médico para desinfectar as feridas e prevenir infecções.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares ao dentista são decisivas para que haja o diagnóstico precoce e o tratamento da mucosite oral.
É pelas visitas periódicas ao consultório odontológico que se é possível avaliar o estado da saúde bucal, a adoção de bons hábitos e se há a presença de algum problema bucal. Caso haja alguma anomalia, o paciente poderá ser transferido aos cuidados com um cirurgião dentista.
O indicado é que a frequência seja de ao menos 2 vezes ao ano (de 6 em 6 meses).
Portanto, o plano odontológico DentalVidas tem diversas opções para garantir mais qualidade de vida e um sorriso mais bonito para você e sua família.
Gostou do texto? Tem alguma dúvida? Deixe aqui nos comentários.