Os principais acometidos pela mucosite na boca são pacientes que lutam contra o câncer e realizam tratamentos como quimioterapia e/ou radioterapia. Mas, existem formas de prevenir que ela surja?
Continue a leitura deste artigo e confira:
Aqui você vai encontrar:
O que é mucosite oral?
Afinal, o que é mucosite? A mucosite na boca ou mucosite oral é uma doença inflamatória que acomete, em sua maioria, pacientes que realizam tratamentos de alguma doença cancerígena, através da quimioterapia ou radioterapia, sendo considerada um efeito colateral.
Isso ocorre porque, quando as células da nossa mucosa oral são multiplicadas rapidamente, pode haver o desenvolvimento de úlceras na boca, erosões e outras doenças na boca.
Essa inflamação causa diversas feridas na região bucal, atingindo as gengivas e causando muita dor, especialmente na hora de comer.
O tratamento da mucosite varia de acordo com os sintomas, podendo ir da administração de medicamentos analgésicos até alterações e adaptações no tratamento do câncer, levando, em alguns casos, à internação para medicação e alimentação venosa.
Quais são os sinais principais da mucosite?
Os sintomas da mucosite costumam surgir de 5 a 10 dias após a realização da primeira sessão de quimio ou radioterapia, e pode perdurar até 2 meses.
Segue os sintomas mais comuns dessa inflamação:
- Dificuldades na deglutição, fala ou mastigação
- Gengiva inchada
- Vermelhidão na gengiva
- Inchaço e vermelhidão no revestimento bucal
- Dor e queimação na boca e na garganta
- Excesso na produção de saliva
- Feridas e sangramento bucal
- Sensação de secura bucal
Quando há presença de fungos em excesso, também pode causar uma camada espessa e branca na boca. E se os sintomas da mucosite não forem tratados e ela se alastrar para o sistema digestivo, pode causar sangramento nas fezes, dor no abdômen e ao evacuar, diarreia e outros problemas intestinais.
Quais os principais fatores de risco da mucosite?
- Tratamentos como radioterapia e quimioterapia
- Problemas odontológicos corrigidos de forma irregular
- Ser soro positivo (possuir HIV)
- Má alimentação
- Doenças crônicas
- Tabagismo
- Alcoolismo
- Má higiene bucal
- Escassa ingestão diária de água
- Possuir problemas renais
- Estar fora do peso ideal
Quais são os diferentes graus da mucosite oral?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mucosite oral pode ser dividida em 4 graus de gravidade:
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Grau 1:
Irritação ou vermelhidão de áreas bucais, com dietas sólidas;
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Grau 2:
Vermelhidão e lesões que causam o surgimento de úlceras, mas ainda podem ser administradas dietas sólidas;
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Grau 3:
Presença de úlceras bucais, com necessidade de dieta pastosa ou líquida;
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Grau 4:
O paciente não consegue se alimentar de forma regular.
Como tratar mucosite oral?
O tratamento da mucosite oral irá variar de acordo com histórico do paciente e o grau em que a inflamação se encontra. Geralmente são utilizados, para alívios dos sintomas, enxaguantes bucais, que irão desinfetar as feridas e evitar novas infecções ou, até mesmo, uma solução caseira para gargarejo, feita de água morna com sal ou bicarbonato de sódio.
Manter o cuidado com os alimentos que ingere, também, é uma forma de tratar da mucosite oral. Devem ser evitados alimentos que são muito quentes, ácidos, picantes ou muito duros.
Outra forma de conter o agravamento da mucosite é através de medicações orais analgésicas ou gel analgésico. E em casos mais graves, em que nenhuma dessas alternativas puder solucionar, o paciente deverá ser internado para receber medicação e alimentação intravenosa.
Além disso, também podem ser indicadas sessões de laserterapia, que são emissões de ondas de laser vermelho com baixa intensidade, que proporcionam efeitos analgésico, anti-inflamatório, antimicrobiano e outros benefícios, como alívio de dores e redução de inchaço.
Antes e após as aplicações de laser, o paciente com mucosite pode, também, chupar pedras de gelo ou, até mesmo, frutas congeladas, com intuito de proteger os tecidos bucais.
Como se prevenir do surgimento de mucosite oral?
- Utilizando escovas com cerdas macias, para evitar lesões nas gengivas;
- Utilização de enxaguante bucal sem álcool;
- Gargarejos, com misturas de água e bicabornato de sódio;
- Evitar o consumo de alimentos apimentados, ácidos ou muito quentes.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares ao dentista são essenciais para evitar inflamações, uma vez que é pelas visitas ao consultório que o paciente tem acesso aos benefícios de tratamentos preventivos como a profilaxia (limpeza profissional) e tratamentos precoces de doenças.
É por essa periodicidade que o dentista consegue avaliar a condição dos dentes, percebendo e tratando problemas em sua fase inicial. Além disso, pelas avaliações são passadas orientações para com a adesão de bons hábitos da higiene e alimentação.
O indicado é que a frequência mantida ao consultório odontológico seja de ao menos 2 vezes ao ano (de 6 em 6 meses) para que os benefícios sejam mantidos.
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