A língua geográfica é uma das principais complicações que afetam a saúde da língua e também da boca.
Veja aqui tudo o que você precisa saber sobre essa condição, quais são os seus sintomas, causas e principais formas de tratamento:
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O que é língua geográfica?
A língua geográfica, também chamada de glossite migratória benigna ou eritema migratório, é uma condição benigna caracterizada pelo aparecimento de manchas erosivas avermelhadas de bordas irregulares cinzento-esbranquiçadas na língua.
Essas lesões, conhecidas como eritematosas, se sobressaem pelo tecido da língua, permitindo um contorno semelhante a um mapa geográfico, capaz de migrar de uma área para outra na língua.
Assim sendo, as manchas da língua geográfica podem mudar de localização, tamanho e forma, isso antes de desaparecer naturalmente com o tempo.
A língua geográfica pode comprometer qualquer pessoa, contudo, é mais comum em pessoas de sete ou oito anos de idade, sendo ainda mais suscetível em crianças que possuem algum problema emocional.
Ao contrário do que se pode pensar, a língua geográfica não está associada a infecções ou câncer na região, e se desenvolve principalmente no dorso da língua, com lesões que alternam o tamanho e o seu formato com rapidez.
Por fim, é uma alteração indolor resultante do desaparecimento das papilas gustativas do tipo filiforme em diferentes regiões da língua. As áreas avermelhadas sem papilas filiformes costumam a cicatrizar rapidamente, migrando para outro local.
Como é feito o diagnóstico da língua geográfica?
O diagnóstico desse problema migratório é feito por intermédio e principalmente pela identificação dos sintomas. Além disso, também são consideradas as causas do problema, buscando excluir a possibilidade de algum problema maligno.
Em alguns casos, o paciente pode ser encaminhado a exames de cultura e biópsia.
Em meio a avaliação do dentista, além das lesões características, é possível relatar desconfortos como queimação, dores no ouvido e sensação de corpo estranho. Os estímulos geralmente estão relacionados à ingestão de alimentos ácidos, condimentados, quentes, ou picantes, de bebidas alcoólicas e o contato com a língua com a pasta de dente.
Normalmente, as lesões da língua geográfica persistem por algumas semanas, e em alguns casos até meses, isso sem trazer prejuízos à saúde.
Quais são as causas da língua geográfica?
A causa principal da língua geográfica ainda é desconhecida, contudo, a língua geográfica pode está associada a uma série de fatores de risco.
Entre os seus fatores de risco podem-se citar:
- Fatores hereditários;
- Atopias – tal como rinite alérgica e asma;
- Alergia;
- Deficiências nutricionais – principalmente de vitaminas (vitamina B);
- Dermatite atópica;
- Língua fissurada;
- Alterações hormonais;
- Psoríase;
- Estresse emocional;
- Caspa (dermatite seborreica).
Vale ressaltar que pessoas que possuem rachaduras e sulcos na parte superior e laterais da língua (língua fissurada) também tendem a ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da língua geográfica. Mulheres costumam ser mais propensas às lesões do que homens.
É por meio dessas possíveis motivações que a aparência de mapa da língua surge por conta de uma inflamação.
Afinal, como é o tratamento da língua geográfica?
Como já dito, normalmente a língua geográfica desaparece naturalmente com o tempo. Contudo, caso você sinta a sua língua dolorida, caso ela fique irritada facilmente por certos tipos de alimentos e bebidas, ou comprometendo as funções da boca por conta do inchaço.
Quando as complicações afetam a alimentação, fala ou deglutição, o odontologista pode recomendar algumas formas de tratamento, já que não existe uma específica.
A principal medida a ser indicada pelo dentista é o uso de certos remédios ou enxaguantes.
Analgésicos e anti-inflamatórios, como ibuprofeno e paracetamol tendem a ajudar a aliviar a dor em meio às crises que podem surgir depois da ingestão de alimentos mais condimentados.
Em casos de inflamação e dores na língua, o uso de remédios corticoides, tal como o prednisolona, pode proporcionar alívio, especialmente em casos que os analgésicos não são capazes de proporcionar um bom alívio ao desconforto.
O uso de enxaguantes bucais ou pomadas anestésicas como a lidocaína, são capazes de aliviar a dor rapidamente, tal como a queimação na língua.
Quais são os cuidados que se deve ter com a condição?
Buscando evitar o aparecimento de sintomas de desconforto, vale evitar alguns hábitos que podem lesionar o tecido da língua.
Entre as medidas que podem ser adotadas para evitar momentos desagradáveis pode-se citar:
- Não ingerir alimentos quentes, picantes, condimentados ou salgados;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar o cigarro;
- Não utilizar pasta de dentes que possuam químicos em sua composição – como substâncias branqueadoras ou sabores intensos;
- Uso de anestésicos tópicos para proporcionar alívio a superfície da língua;
- Bochecho com enxaguantes bucais com anestésicos.
Entre demais cuidados, vale destacar a manutenção de uma boa higienização, evitando complicações que realmente comprometam a saúde bucal.
A escovação deve ser feita ao menos duas vezes ao dia, utilizando uma escova com cerdas macias e um creme dental com flúor, não abrasivo. Além disso, o uso do fio dental não deve ser deixado de lado, devendo acompanhar pelo menos uma das escovações diárias. O uso de um raspador de língua pode ser um aliado na eliminação de resíduos em sua superfície.
Vale lembrar que o bochecho com o antisséptico bucal não atua somente aliviando os incômodos da língua geográfica, mas também atua protegendo a boca contra germes e bactérias, sendo um aliado no controle de microrganismos na boca.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares ao dentista são essenciais para que haja o diagnóstico precoce de distúrbios como a língua geográfica, e doenças bucais como cáries, gengivite e periodontite.
O indicado é que as idas ao consultório odontológico sejam feitas ao menos 2 vezes ao ano (de 6 em 6 meses), fazendo com que haja a manutenção da saúde bucal pelos cuidados do profissional e por suas orientações.
Contudo, em casos de anormalidades, não hesite em contatar o seu dentista de confiança, para que seja feita a avaliação e indicados os cuidados necessários.
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