Muitas pessoas não sabem o que é a parestesia, mas o provável é que já tenha sofrido com essa condição e que assim como o maxilar estalando requer alguns cuidados. Ela nada mais é do que um sintoma de dormência que pode ocorrer em várias partes do corpo.
Neste texto vamos falar um pouco mais sobre o que é a parestesia, como prevenir e como tratá-la.
Aqui você vai encontrar:
Parestesia: o que é?
A parestesia não é uma doença propriamente dita, e sim um sintoma. Ela se caracteriza pela dormência e formigamento em partes do corpo, decorrente da perda de sensibilidade de um nervo.
Essa perda pode ser momentânea, apenas por alguns minutos, ou até mesmo definitiva. Porém, a que mais acontece é a primeira situação, e no caso da dormência definitiva apenas ocorre quando há o rompimento do nervo causado por alguma lesão grave como a aplicação incorreta de anestesia durante a cirurgia ortognática.
Parestesia oral
A parestesia oral é o tipo de parestesia que se manifesta na região da boca. Ela ocorre por algum ferimento no nervo da mandíbula inferior, geralmente causado por procedimentos cirúrgicos, esse tipo costuma causar mais incômodo do que os outros.
A parestesia oral causa dormência de parte da língua, parte dos lábios ou do queixo. Ela não oferece grandes complicações, por seus sintomas desaparecerem naturalmente, devido a se recuperarem de forma natural.
Essa parestesia geralmente acomete cerca de 5% dos casos de cirurgia bucal, por isso não é muito comum que ela aconteça. Esse tipo ocorre normalmente por algum erro durante procedimentos cirúrgicos, como a cirurgia do siso.
Raramente essa parestesia pode ser definitiva, mas pode ocorrer quando há algum rompimento total de um nervo abaixo do queixo, caso que não é muito comum. Geralmente a sensação pode ser percebida durante o procedimento.
Outros tipos de parestesia
Como mencionamos, além da parestesia oral existem outros dois tipos de parestesia, a temporária e a crônica. Como ela pode ocorrer em várias partes do corpo, cada tipo possui características diferentes que podem se diferenciar.
Veja aqui mais sobre os tipos de parestesia e entenda a diferença entre eles:
Temporária
Esse é o tipo mais normal de parestesia e o que afeta a maioria das pessoas. Você com certeza já sentiu a parestesia temporária, é aquela sensação de formigamento que sentimos em alguma parte de nosso corpo, principalmente quando cruzamos as pernas ou os braços por muito tempo.
Isso acontece porque o fato de ficar com as pernas cruzadas, aplica uma pressão constante sobre os nervos, fazendo com que eles percam sua comunicação e quando voltam ao estado normal causam a sensação de formigamento.
Crônica
Já a parestesia crônica pode ser um pouco mais grave do que a parestesia temporária, pois pode ser indício de problemas sérios ligados ao funcionamento dos nervos ou do sistema circulatório.
Mais comum em pessoas com idade avançada, ela é um resultado do mal funcionamento de nossa circulação sanguínea em algumas partes do nosso corpo, como o braço e pernas. Geralmente, é causada por problemas ligados à idade.
As principais doenças que estão relacionadas a essa parestesia no corpo são aterosclerose, irritação dos nervos, artrite reumatóide, artrite psoriática e a síndrome do túnel carpal.
Causas da parestesia
Uma das principais causas da parestesia são os traumas nos nervos de sensibilidade que podem ocorrer tanto por intervenções cirúrgicas quanto por doenças articulares, ósseas e de tendões.
Principalmente quando essas cirurgias são feitas muito próximas aos nervos. O que geralmente ocasiona o problema são injeções anestésicas diretamente sobre o nervo, em procedimentos como a extração dentária ou um implante perto do nervo.
E ainda existem outros fatores que podem causar a parestesia como:
- Alergias.
- Falta de vitaminas.
- Compressão de nervos.
- Doenças cerebrais.
- Nervos-comprimidos-dor-neuropática.
- Estresse.
- Inflamações das articulações.
- Doenças vasculares em geral.
- E ainda em casos menos frequentes, a parestesia oral e bucal, pode ocorrer por danos nos nervos da mandíbula inferior, que tenham sido provocados por procedimentos cirúrgicos, como a extração do siso.
Porém, essa última, é uma causa mais incomum, mas que costuma incomodar bastante.
A parestesia pode estar ligada a diversas outras doenças, por isso é muito importante que ao realizar a consulta com o dentista você o mantenha informado sobre seu estado clínico, e sobre tudo o que está sentindo, seus sintomas e seus hábitos cotidianos e alimentares.
Nos casos em que a parestesia não for oral, consulte um médico, ele irá realizar exames e poderá avaliar o seu quadro e fazer os diagnósticos prévios, com exames de sangue e imagem. E através destes exames, poderá identificar a presença de doenças causadoras da parestesia, e assim definir qual o melhor tratamento em seu caso.
Afinal o dentista é culpado?
Todos nós estamos propensos a cometer erros, e se tratando de um dentista cirurgião os seus erros podem ser um fator determinante nos quadros de parestesia oral, pois uma anestesia aplicada em um local errado pode ser a sua causa.
No entanto, as pessoas que se submetem a qualquer tipo de cirurgia, devem estar cientes dos riscos que correm. Por isso, é necessário que o dentista dê todas as informações durante o pré-operatório, e explique todos os riscos da cirurgia.
Sintomas da parestesia
O sintoma predominante da parestesia são as sensações de dormência e formigamento onde o nervo foi lesionado ou comprimido. E na maioria dos casos não são identificados outros sintomas, esta dormência pode durar poucos minutos depois de eliminada a pressão neural.
No entanto, quando estamos tratando da parestesia oral ou bucal, alguns outros sintomas como a dificuldade na fala, na mastigação e o aumento da secreção salivar, podem ser identificados.
E no caso da parestesia crônica sintomas como coceira, fraqueza e alteração na sensibilidade da temperatura, mesmo não sendo uma regra costumam surgir nos pacientes. Além da possibilidade de uma dor localizada, seguida de perda da mobilidade do paciente na área em que ocorre a lesão.
Tratamento
O tratamento da parestesia envolve em primeiro lugar descobrir o que está causando a sensação e fazer o uso de medicamentos para amenizar os incômodos causados por ela. E depois desta primeira fase do tratamento, os medicamentos e procedimentos são indicados.
De acordo com a causa, o dentista ou médico vai indicar o uso de vitaminas, compressas de água quente e fisioterapia, para desta forma, tratar o que está causando a parestesia e assim eliminar a sensação.
Para que a sensibilidade dos nervos volte, é preciso melhorar a condição destes. E por esta causa, a maioria dos tratamentos estão associados ao uso de medicamentos que melhoram as condições nervosas, como as terapias que estimulam a sensibilidade e controle, um exemplo é a fisioterapia neurológica.
Neste tratamento, as áreas afetadas são estimuladas de diversas maneiras, para que assim sejam forçadas a funcionarem e se recuperarem com o tempo. A recuperação vai depender do grau da lesão ao nervo, ou da gravidade do problema.
Os tipos de medicamentos que podem ser indicados para o tratamento da parestesia, são na maioria dos casos, anticonvulsivantes, vitaminas, antidepressivos e analgésicos.
Mas nunca se automedique, pois as causas da condição podem ser diversas e somente o profissional saberá identificá-la.
Procure um dentista e realize os exames indicados por ele, caso a sua parestesia for do tipo crônica ou temporária ele irá te indicar um médico que poderá ajudar no diagnóstico da possível causa da condição e assim realizar o tratamento correto.
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