O câncer na garganta, também conhecido como orofaringe, é um dos tipos de tumores que acometem a região da cabeça e pescoço.
Saiba o que é a orofaringe, o que causa essa enfermidade e quais os sintomas de câncer de garganta aqui, neste artigo:
Aqui você vai encontrar:
O que é o câncer de garganta?
O câncer de orofaringe, mais conhecido como câncer na garganta, se desenvolve ao fundo da boca. Entre as regiões que podem ser acometidas por essa enfermidade estão a base da língua, o palato mole, a úvula, as amígdalas, os pilares amigdalianos, as paredes laterais e posteriores da garganta.
Existem tipos diferentes de câncer de garganta?
Sim, existem vários tipos de câncer de garganta, sendo mais comuns 4 deles:
Carcinoma de células escamosas:
Esse é o tipo mais comum de câncer de garganta. Nele, as células escamosas presentes na garganta são afetadas. Sua ocorrência pode ser na laringe ou na faringe, e geralmente é causado pelo excesso de consumo de álcool e tabagismo.
Carcinoma de células pequenas:
Esse tipo de câncer se origina nas células neuroendócrinas. Sua ocorrência é mais agressiva, se espalhando rapidamente a outras áreas do corpo.
Adenocarcinoma:
Esse câncer inicia nas células glandulares da garganta, e suas causas podem estar ligadas ao tabagismo, alcoolismo, refluxo gastroesofágico crônico, infecção por HPV e exposição a produtos químicos tóxicos.
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Carcinoma de células fusiformes:
Também é conhecido como tumor mioepitelial, esse tipo de câncer geralmente se desenvolve nas glândulas salivares, mas pode acometer outras áreas da garganta.
Quais os fatores de risco do câncer de garganta?
O tabaco apresenta substâncias tóxicas que podem provocar a saúde da garganta e causar o câncer, assim como o alcoolismo. Quando o paciente utiliza álcool e tabaco, ambos em excesso, as chances de ser acometido por um câncer na garganta são ainda maiores.
Outra causa frequente dessa enfermidade é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, que pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, especialmente quando a oral.
Sintomas de câncer de garganta
Os sintomas de câncer de garganta mais são:
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Dores na garganta:
Observe se as dores são constantes, se estende aos ouvidos ou se piora para engolir alimentos.
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Dificuldades para deglutir alimentos:
Sentir incômodos para engolir alimentos, especialmente os sólidos, pode ser um dos sintomas de câncer de garganta, onde o tumor presente atrapalha a passagem de alimentos.
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Engasgos frequentes:
Se engasgar com frequência e sem causas aparentes pode ser mais um dos sintomas de câncer de garganta. Atente-se especialmente se isso acontece durante a deglutição de alimentos.
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Lesões brancas ou avermelhadas persistentes:
Quando há presença desse tipo de lesão, que perdura por mais de 3 semanas sem cicatrização, pode ser um sintoma de câncer de garganta.
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Caroços no pescoço por longo período:
Nódulos ou inchaços podem ser sintomas de câncer de garganta, especialmente se não sumirem após 3 semanas. Esses tipos de caroços podem ser percebidos ao tocar.
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Tosse frequente:
As tosses frequentes e persistentes que não melhoram por tratamentos convencionais, podem ser sintomas de câncer de garganta, especialmente se ela se agravar com o tempo.
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Rouquidão ou dificuldade para falar:
Alterações vocais como essas, que perduram por mais de 3 semanas, podem ser sintomas de câncer de garganta.
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Dores no ouvido:
Dores constantes e/ou intermitentes no ouvido, inclusive as que se irradiam para a garganta pelo crescimento do tumor, são sintomas de câncer de garganta.
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Perda de peso:
Quando a perda de peso ocorre sem motivos aparentes, alterações no estilo de vida e alimentação, pode ser sinal de que um possível tumor esteja afetando na entrega de nutrientes promovida pela alimentação, o que pode ser um dos sintomas de câncer de garganta.
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Falta de ar:
A falta de ar persistente e sem causas identificáveis também pode ser um dos sintomas de câncer de garganta, onde o tumor pode estar obstruindo o trato respiratório.
Diagnóstico do câncer de garganta
Uma avaliação interna através de endoscópio para analisar a garganta, e laringoscópio que analisa as cordas vocais, é realizada. Caso alguma anormalidade seja detectada, é realizada uma biópsia, através da coleta de um tecido que será encaminhado para análise laboratorial, o que é chamado de imuno-histoquímica.
Esse exame visa analisar a presença de uma proteína específica que, quando presente, apresenta uma característica relacionada ao HPV.
O próximo passo do diagnóstico, quando detectado o câncer, é compreender em qual estágio se encontra. Nesse caso, poderão ser solicitados exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan, para avaliar se houve metástase.
Tratamento do câncer de garganta
O tratamento será realizado de acordo com o diagnóstico da doença, levando em consideração a extensão, localização e gravidade do tumor. Segue as opções dos cuidados com a enfermidade:
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Cirurgia:
É a primeira opção que geralmente se considera, mas só é possível realizá-la de acordo com a situação em que o tumor se encontra e das condições de saúde do paciente.
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Radioterapia:
Indicada em casos de menores extensões ou que não houveram metástases para os linfonodos. Alguns tratamentos requerem sessões de terapia em conjunto e, quando a doença está em estágio mais avançado, é um tratamento que ajuda a reduzir os sintomas e deixa os pacientes mais confortáveis.
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Quimioterapia:
A quimioterapia é uma medicação intravenosa geralmente realizada em conjunto com a radioterapia e o objetivo central desse tratamento é matar as células cancerígenas.
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Terapia-alvo:
O objetivo da terapia-alvo é realizar o tratamento do câncer de garganta removendo os defeitos das células cancerosas e impedindo que elas continuem se multiplicando.
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Imunoterapia:
Nesse tratamento, é realizado um estímulo no próprio sistema imunológico do paciente, que inicia a produção de proteínas que auxiliam as células saudáveis a se proteger das células cancerosas.
Geralmente esse tratamento se restringe a casos mais avançados, quando os tratamentos convencionais já não são eficazes.
O tratamento para o câncer de garganta pode envolver profissionais de diversa especialidades, como o oncologista clínico, cirurgião de cabeça e pescoço, rádio-oncologista, fonoaudiólogo, dentista, fisioterapeuta e enfermeiro, que prestarão todo auxílio possível ao enfermo, e irão avaliar desenvolvimento da doença e eficácia dos cuidados.
A fisioterapia após a realização do tratamento possui extrema importância nos cuidados do paciente e auxílio na retomada das atividades cotidianas do paciente, como a capacidade de engolir, ingerir alimentos sólidos e mesmo de falar.
E como se prevenir do câncer de garganta?
Não há uma profilaxia comprovada para o câncer de garganta, mas é possível se atentar aos fatores de risco e mudar os hábitos de vida.
Os cuidados com saúde bucal no trato do câncer de garganta
- Antes de iniciar o tratamento oncológico visite o seu odontologista de confiança o mais rápido possível, para avaliar e tratar a presença de anomalias que podem causar complicações no tratamento.
- O tratamento do câncer de garganta pode deixar a boca ressecada, causar mucosite e reduzir a imunidade, deixando o paciente mais propenso a ser acometido por infecções bucais. Logo, uma boa higiene bucal, utilizando escova de dente, enxaguante bucal e fio dental são fundamentais para a prevenção de complicações. Você pode também utilizar hidratantes para ressecamento bucal.
- O dentista pode auxiliar no monitoramento durante e após a realização do tratamento, para a prevenção de complicações e outras doenças, e tratá-las precocemente, caso presentes.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares ao dentista são essenciais para se prevenir de doenças como o câncer de garganta, uma vez que é pelas visitas ao consultório que o paciente tem acesso aos tratamentos como a profilaxia (limpeza profissional) e tratamentos precoces de doenças.
É por essa periodicidade que o dentista consegue avaliar a condição dos dentes e anormalidades, percebendo e tratando problemas em sua fase inicial. Além disso, pelas avaliações são passadas orientações para com a adesão de bons hábitos da higiene e alimentação.
O indicado é que a frequência mantida ao consultório odontológico seja de ao menos 2 vezes ao ano (uma vez por semestre) para que os benefícios sejam mantidos.
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